Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
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“Comigo, as pessoas riem de nervosismo por levarem uma chapada de realidade”


Adérito Esteves Sábado, 30 de Dezembro de 2017
Na última semana, um Jovem Conservador de Direita desapareceu do Facebook e sequestrou o espaço mediático. E não deixa de ser contraditório que se tenha começado a falar ainda mais dele… no momento em que o “tentaram calar”. Para muitas das mais de 50 mil pessoas que seguiam a sua página, os comentários políticos mordazes carregados de “realidade”, como diz o próprio – ou de ironia, dizemos nós para começar já a desmistificar –, começaram a fazer falta no exacto momento em que várias denúncias por “linguagem que incentiva o ódio” levaram ao encerramento da página. As palavras “censura” e “ataque à liberdade de expressão” ganharam eco e as denúncias às denúncias (coisas de redes sociais) levaram a um pedido massivo da reabertura da página, muitos deles feitos por figuras públicas. E se é verdade que, em situações normais, isso não levaria a lugar algum, um conhecimento dentro da empresa Facebook fez com que a página voltasse ao activo. Hoje, a partir das 21.30 horas, no GrETUA, em Aveiro, o Dr. Jovem – é assim que gosta de ser tratado e, excepcionalmente, porque é uma figura com grande poder, fazemos-lhe a vontade – vai “expor os denunciadores”. Antes disso, concedeu uma entrevista, que vamos chamar bipolar, ao nosso jornal. Porque tínhamos todo o interesse em saber o que tem para nos dizer o homem que pretende “salvar Portugal”, o Dr. Jovem, claro, mas também era importante ouvir Bruno Henriques, o aveirense que dá corpo ao Jovem Conservador de Direita e que, juntamente com o vareiro Sérgio Duarte, foi alvo de um ataque à sua liberdade de expressão. E, neste caso, é muito mais do que uma simples página humorística que está em causa. Foi por isso que marcámos uma entrevista com Bruno Henriques, que acabou por faltar ao encontro devido a uma questão familiar. Contra a nossa vontade – e a do Dr. Jovem, temos a certeza – falámos, então, por telefone. E até podíamos ter simplesmente decidido censurar a entrevista, mas depois percebemos que não temos o poder do Facebook. Diário de Aveiro: Como foi a experiência de “incentivar ao ódio” no Facebook? Bruno Henriques: Já não nos acontecia há um ano ter um post denunciado. Isso aconteceu-nos antes com temas variados, desde o conto erótico que a Cristina Ferreira escreveu, a um post que tinha como tema o Partido Nacional Renovador (PNR). Ultimamente é que se tornou mais cadenciado. Em duas ou três semanas tivemos várias publicações denunciadas. Sobre que temas? Vários, mais uma vez. O post do elogio fúnebre ao Belmiro de Azevedo foi denunciado cinco vezes – e substituímos o nome dele por “Abacate” para vermos se não o denunciavam –; fizemos um outro sobre a aprovação do casamento homossexual na Austrália, que também foi denunciado, e aí substituímos “homossexual” por beterrabas, mas continuou a ser denunciado. E depois começaram a denunciar a página em si.
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