Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

São burros mirandeses e também “trabalham” como terapeutas


Georgina Prior (texto) e Eduardo Pina (fotografia) Quinta, 28 de Dezembro de 2017
Diz o ditado popular que “filho de burro não pode ser cavalo”. De facto, não pode. Mas, na realidade, e apesar de ser diferente, é também possível promover terapia juntando crianças, idosos ou até pessoas portadoras de deficiência com os burros. É isso que acontece, desde o início deste ano, no concelho de Vagos, mais propriamente na Comissão de Apoio Social e Desenvolvimento de Santa Catarina (CASDSC), que tem um projecto de asinoterapia, com burros de Miranda do Douro, mais vulgarmente conhecidos por burros de raça mirandesa. Todos os dias, logo a seguir ao pequeno-almoço. o Vítor, o José e o Bernardo, portadores de doença do foro mental, dirigem-se ao picadeiro para proceder à limpeza da Boneca, Gildo, João e da “pequena” e traquina Nikita. “Já estou na CASDSC há dois anos e fazia tepeçaria todos os dias. Agora aju­do a tratar destes maravilhosos animais e gosto mais. Para além de ser ao ar livre, eles são muito meiguinhos”, garante Vítor, não se importando de ter este trabalho mesmo em dias frios ou com chuva. “Se antes já gostava de cá estar... agora gosto mais”, vinca. Depois da limpeza dos estábulos e do picadeiro e da alimentação, os 45 utentes do Cen­tro de Actividade Ocupacionais (CAO) da instituição, divididos por grupos, ajudam a escovar e montam os animais no âmbito da asinoterapia. Também as crianças que frequentam o pré-escolar na instituição têm oportunidade de conviver e montar os burros.
Leia a notícia completa na edição em papel.

Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu