Lúcia Estevam foi, de porta em porta, em vésperas de Natal, distribuir bolos-reis, champanhe e broas de milho a todos os habitantes de duas das aldeias mais afectadas pelo incêndio que deflagrou, em Junho, em Pedrógão Grande. Proprietária de uma pastelaria da Marinha Grande, não quis protagonismo, e falou, contactada pelo Diário de Leiria, como se tivesse acompanhado a tragédia de perto. E acompanhou. Nos dias fatídicos, Lúcia Estevam estava em Pedrógão Grande porque foi lá que viveu até aos 15 anos e é lá que reside toda a sua família. Da noite de 17 de Junho recorda “os gritos das pessoas” e a azáfama de andar a tentar salvar alguns bens. Desde então que tem acompanhado o evoluir da situação e prestado apoio, dentro daquilo que lhe é possível.