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Selma Uamusse achava que cantar era inato, mas teve de trocar a Engenharia pela paixão


Adérito Esteves Sábado, 16 de Dezembro de 2017
Selma Uamusse é um nome que já deixou de ser impronunciável. A cantora nascida em Moçambique e que chegou a Portugal aos 7 anos tem vindo a dar-se a conhecer e a sua voz – que tem tanto de doce como de potente – já parece ter conquistado o público. Pelo menos, aquele que já teve a oportunidade de a conhecer, em nome próprio. É verdade que a voz de Selma Uamusse já sobressaía no coro dos Wraygunn e que ganhou ainda mais dimensão ao lado de Rodrigo Leão, mas é a solo que se lhe conhece também a alma. E isso é conseguido através de um encontro onde explodem os ritmos moçambicanos, o jazz que estudou, o gospel que lhe é natural e ainda o rock que também lhe diz algo. Até aos 28 anos, Selma Uamusse dividiu o “bichinho que incomoda muito” da música com a profissão de Engenheira e foi a maternidade que fez ecoar de forma ensurdecedora e inegável o apelo da música. Desde então, a cantora tem estado a maturar para agora, aos 36 anos, apresentar o seu disco de estreia a solo, que dá a conhecer hoje, às 21.30 horas, na Casa da Cultura de Ílhavo. Dias depois de uma actuação no calor de Maputo, numa conversa mantida com o nosso jornal por telefone, Selma Uamusse diz-se ansiosa por enfrentar o “fresquinho” de Dezembro, que promete derreter com o calor da música que lhe vem da alma. Diário de Aveiro: Cantar é algo que nasceu com a Selma, mas revelou-se muito tarde. Por que é que isso aconteceu? Selma Uamusse: Isto, se calhar, é uma generalização um bocadinho tola, mas era a minha perspectiva: para mim, quem nascia numa família tipicamente africana, o cantar e o dançar eram coisas naturais, faziam parte da nossa vivência e convivência. Porque é uma maneira de comunicar. Não via o facto de não cantar desafinado como um dom, mas como algo que era natural também noutras famílias. Assumi sempre que isso apenas fazia parte de uma das coisas que eu não fazia necessariamente muito bem, mas que não fazia mal.
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