Monsenhor João Evangelista faleceu ontem, aos 93 anos, «rodeado da família», em Seixo de Mira, sua terra-natal. Pároco da Sé Velha durante 41 anos (entre 15 de Junho de 1975 e Setembro de 2016), lutou como ninguém pela «dignificação» da catedral de Coimbra, recorda o padre Rudolfo Leite, para quem João Evangelista é a «referência e um amigo» de toda a sua vida.
«Era alguém que se entregava a cada pessoa» e tinha como marca distintiva «a criatividade e a alegria», «quase como uma rebeldia inconformada». «Mesmo doente não deixou de sonhar. Era alguém que se queria sempre superar», testemunha Rudolfo Leite, destacando também as preocupações sociais do sacerdote, que ficam patentes na acção que desenvolveu junto da população mais carenciada da Conchada ou na criação do Centro Social Paroquial da Sé Velha e também no apoio às Criaditas dos Pobres. «Foi um homem que recebeu títulos honoríficos sem deixar de estar próximo dos pobres», reforça, sem esquecer a ligação que foi estabelecendo com os empresários, como demonstra a dinamização da ACEGE.
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