João Chuva começou a trabalhar na antiga Vidreira da Fontela aos nove anos de idade e desde então nunca mais parou. «Na altura, saía da escola e ia para lá dar água ao pessoal». Depois, entrou como funcionário e aí trabalhou durante 55 anos, sendo um dos cinco elementos escolhidos para ir à Venezuela «ensinar a trabalhar o vidro. É preciso saber, o vidro é como o azeite, corre, é preciso um grande equilíbrio», contou ao Diário de Coimbra, salientando que foi uma época em que ganhou «muito dinheiro».
Em 1982 reformou-se, mas tempo livre não havia. Uma mercearia, que manteve durante 40 anos (também com comes e bebes) e a agricultura, a sua grande paixão, ocupavam-lhe o tempo. Isso e o Grupo Recreativo Vilaverdense (GRV) onde foi presidente durante quatro mandatos (além de outros cargos ao longo de muitos anos). «Tive uma boa vida, não me posso queixar», diz o centenário que ainda hoje gosta de «fazer caminhadas», e o rosto só se ensombra quando recorda que aos 50 anos ficou viúvo. «Fui-me abaixo, mas depois lá fui caminhando, casei novamente e refiz a vida», conta.
Leia a notícia completa na edição em papel.