A floresta que ardeu nos grandes incêndios deste ano em Portugal «tenderá a regenerar para uma situação ainda mais degradada e mais susceptível ao incêndio», declarou ontem a bióloga Helena Freitas, defendendo, no imediato, um «trabalho de proximidade com as comunidades» para preservar a sua segurança. Num debate realizado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, com moderação do docente João Paulo Barbosa de Melo, a bióloga mostrou-se preocupada com a cultura intensiva de eucalipto, pelo risco que representa para outras espécies fundamentais à diversidade da nossa floresta.
Para a docente do Departamento de Ciências da Vida da UC e coordenadora do Centro de Ecologia Funcional, nas actuais condições, «espécies como o eucalipto tenderão a maximizar a sua biomassa». «Não creio que haja possibilidade de evitar isso num curto espaço de tempo, porque a regeneração já está a acontecer, as espécies têm características de resiliência que o permitem e não temos condições no terreno, no momento, para o evitar»,, declarou, numa mesa sobre “Coesão Territorial num País em Chamas” e que teve como palestrante o também investigador da UC Domingos Xavier Viegas.
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