O mundo começa a chegar a Aveiro na próxima segunda-feira. O desembarque à beira-Ria acontecerá no Teatro Aveirense durante cinco noites e o veículo que traz latitudes tão díspares com Mongólia, Cuba, Uruguai ou Etiópia volta a ser a música. Sim, há Sons em Trânsito (SET) a chegar para mais uma edição e o nosso jornal falou com Vasco Sacramento, criador de um festival que fez tradição em Aveiro, mas cujo regresso, no ano passado, após nove anos de interregno, fez perceber que “há um novo caminho a percorrer”. Nesta conversa, o agente aveirense assume erros que foram cometidos no ano passado e corrigidos para a edição deste ano, mas também defende que o evento deve ser tratado com “mais carinho” pelo público. O responsável garante que o cartaz volta a ter como “assinatura” a “qualidade artística”, mas tem mais. O SET assume também a responsabilidade da defesa da diversidade, da tolerância e da liberdade. Não só musical, mas de pensamento. Por isso, ao cartaz musical é acrescentada uma tertúlia que junta Pedro Abrunhosa e Luaty Beirão que, acredita Vasco Sacramento, trará um caminho que o SET vai querer continuar a explorar no futuro.
Diário de Aveiro: No ano passado disse que não sabia o que esperar do regresso do SET, nove anos depois. Qual foi a resposta que o festival deu?
Vasco Sacramento: Deu a certeza de que continuamos a ter um programa de luxo a nível internacional e que continua a fazer sentido apostar na música de excelência numa cidade com as características de Aveiro. Deu ainda a certeza de que o público que estava habituado ao SET continua fiel ao festival e deu também a noção de que temos de nos esforçar para nos aproximarmos das novas gerações.
Faltou mais gente jovem?
Sim. Na primeira vida do festival tínhamos um público mais jovem, com muita gente da Universidade de Aveiro. E no ano passado senti que não tivemos tanta. É verdade que foi a sétima edição, mas foi praticamente como se fosse outra vez a primeira, portanto há um novo caminho a percorrer.
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