Consultou vários especialistas em oftalmologia em Portugal, mas todos lhe disseram que o seu problema “não tinha solução” e a esperança surge, agora, de um tratamento em Cuba. E apesar de não ter garantias de que possa vir a recuperar a visão naquele país da América Central, uma vez que só durante a viagem ficará a saber se existirá a possibilidade de ser submetido a um transplante de retina, Frederico Almeida, de 18 anos, está disposto a tentar.
“Aquilo que mais queria era soltar-me desta condição que permanece na minha vida. A visão é uma das piores coisas que podemos perder, porque é uma capacidade fundamental. Por isso, é o meu sonho voltar a ver”, confessa o jovem de Oliveira de Azeméis.
Quando tinha um ano de idade, foi-lhe diagnosticado um elevado nível de miopia, anos depois perdeu a visão no olho esquerdo e, há quatro, ocorreu também o descolamento da retina do direito. Na altura, frequentava o sétimo ano de escolaridade na Escola Bento Carqueja, mas, devido a esta circunstância, foi estudar para a Escola Rodrigues de Freitas, no Porto, onde é disponibilizado ensino para alunos cegos e com baixa visão. Parte de casa de manhã cedo e chega já de noite, deslocando-se de táxi. O custo dessas viagens é assegurado na totalidade pelo Estado. Agora, está no 11.º ano e, quando terminar o Ensino Secundário, quer ingressar no curso de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, no Instituto Universitário da Maia.
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