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Fogo em Pataias, Leiria, com duas frentes mas combate evolui favoravelmente


Segunda, 16 de Outubro de 2017
O incêndio que deflagrou ontem na Praia da Légua, em Pataias, Leiria, mantinha hoje de manhã duas frentes activas, uma delas próximo da uma zona industrial, mas o combate estava a evoluir favoravelmente, informaram os bombeiros. “Mantém-se duas frentes activas, em zona de pinhal, mas a situação melhorou ao início da manhã”, disse à agência Lusa Nélio Gomes, comandante dos bombeiros de Pataias, no concelho de Alcobaça, distrito de Leiria. A maior preocupação prende-se com “a proximidade à zona industrial de Pataias", mas a área "está a ser protegida e não existem empresas em risco”, adiantaram os bombeiros. O combate, que está a ser feito por 97 bombeiros apoiados por 35 viaturas, vai, segundo o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, ser “reforçado com uma equipa e uma máquina do exército”. Além deste incêndio, que deflagrou às 13h51, lavra no concelho de Alcobaça um outro, que começou às 14h33 de domingo e que evoluiu para o concelho da Marinha Grande, mobilizando, segundo a página da Autoridade Nacional de Protecção Civil, 355 operacionais e 112 viaturas. De acordo com o autarca, “entre Vale Furado e a Praia de Paredes de Vitória, arderam cinco ou seis casas de segunda habitação” e esteve em risco o Parque de Campismo de Paredes de Vitória “que os bombeiros conseguiram salvar”. As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 20 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas. O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios. Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos. Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no Verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.

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