“Profissionais de saúde devem ter formação em geriatria”

O Instituto Nacional de Estatística revelou esta semana que a esperança de vida à nascença melhorou em todas as regiões do país, sendo agora de 80,62 anos para o total da população. Vivemos, em média, mais tempo. Muito mais: em 1920, há menos de um século, a esperança média de vida nas mulheres era de 40 anos e ficava-se pelos 35 anos para os homens. O envelhecimento da população coloca desafios à sociedade em geral, mas muito particularmente ao sector da saúde e, neste, é cada vez mais importante a formação para lidar com a população sénior. Isso mesmo referiu ontem, ao nosso jornal, o médico e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), Manuel Teixeira Veríssimo. À margem do XV Curso Pós-Graduado Sobre Envelhecimento - Geriatria Prática, que decorre no Hotel Vila Galé, em Coimbra, o especialista em Medicina Interna defendeu que «todos os profissionais que lidam com idosos deviam saber de geriatria». Apesar destes sofrerem dos mesmos problemas que adultos de outras faixas etárias, «existem particularidades ligadas à diminuição do funcionamento geral [do organismo] que facilitam a doença e que justificam a adequação de tratamentos, que não podem ser iguais aos de pessoas com 40 ou 50 anos», justificou o presidente do curso.