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Daniel Gorjão encontrou num clássico a intensidade de um desejo que aprisiona


Adérito Esteves Sexta, 29 de Setembro de 2017
Afinal, onde é que o desejo nos leva? Quando cego, ele apaga tudo do horizonte. Deixa de ser um “motor para a vida” para, simplesmente, confinar toda a existência àquela obsessão. É isso que Daniel Gorjão quer dizer em “Júlia”, adaptação que fez a partir do clássico “Menina Júlia”, do sueco August Strindberg, e que evoluiu para “Júlia” e que, depois de ter estado em cena no Teatro S. Luís, em Lisboa, chega à Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré, amanhã (21.30 horas). Em entrevista ao nosso jornal, o encenador antecipa um pouco a tensão que o público vai poder perceber em cena, na relação intensa de uma noite só, entre uma “menina” da aristocracia e um criado que, levados pelo desejo – sempre ele –, se envolvem numa teia de onde poderão não conseguir sair. Diário de Aveiro: Depois de ter encenado “Desta Carne Lassa do Mundo”, uma adaptação de “Romeu e Julieta”, volta a pegar num clássico – “Menina Júlia”, de August Strindberg – para o reinventar neste “Júlia” que apresenta na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré. Daniel Gorjão: Sim. Este processo de trabalhar textos clássicos é algo que ainda não tinha acontecido no meu percurso e surge em 2015, com Shakespeare. E agora decidi pegar no texto do Strindberg e actualizá-lo, dando-lhe uma dimensão contemporânea. É uma peça que diz muito à Teresa Tavares, a actriz que o interpreta, e que encaixava no meu trabalho.
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