“Para os desenhadores, sou um ilustrador que desenha, para os ilustradores sou um desenhador que ilustra. Estou sempre de passagem”. É desta forma que Isidro Ferrer afirma ser visto. Mas como não somos nem desenhadores nem ilustradores, tomamos a liberdade de o apresentar como um artista. (Um “artista genial”, diríamos, se as regra da imparcialidade não nos castrasse a opinião). O espanhol que o nosso jornal conheceu ontem, no âmbito da sua participação no Ilustração à Vista (ver caixa), não deixa de ser um “ilustrador que desenha” e um “desenhador que ilustra”, mas é muito mais do que isso. É um ilustrador que conta histórias, um desenhador que provoca e um artista que faz pensar. Se fosse possível resumir a genialidade, recorreríamos à descrição de Andrés Sanchis Giner: Isidro Ferrer é um “poeta visual”.
E, guiados por aquela que é “uma das vozes mais geniais da ilustração mundial” - atente às aspas, as palavras não são nossas, nós limitamos a dar-lhes eco -, o Diário de Aveiro foi conhecer a exposição “Isidro Ferrer”, que está patente até ao final deste mês, no Museu da Vista Alegre. No espaço percorrido entre ilustrações feitas pelo espanhol, fomos transportados para o mundo, como Isidro Ferrer o vê. Ou, pelo menos, para a forma como gosta de transmitir esse mundo, através do seu trabalho. O resultado foi uma viagem cheia de imagens, descritas com palavras certeiras. Como se isso existisse, no universo de alguém que prefere levantar questões a dar respostas.
Leia a notícia completa na edição em papel.
