O socialista Paulo Fonseca disse anteontem que foi alvo de uma "estratégia organizada e armadilhada" que conduziu à sua inelegibilidade ao município de Ourém, no distrito de Santarém, por decisão do Tribunal Constitucional (TC).
Paulo Fonseca, que liderou o concelho nos últimos oito anos, está impedido de se recandidatar às Eleições Autárquicas de 1 de Outubro por estar envolvido num processo de insolvência. Esta terça-feira à noite, em conferência de imprensa, o ainda presidente da Câmara de Ourém disse que a justiça se encontra num "sistema moribundo e impediu um cidadão de ser submetido à escolha livre dos cidadãos".
Manifestando-se de "mãos limpas e consciência tranquila", Paulo Fonseca salientou que foi declarado insolvente por, até 2008, ter sido sócio de uma empresa que faliu e da qual nunca foi gerente.
"Eu, que nunca fui gerente, fui declarado insolvente, e o outro sócio, apesar de ser o gerente, nunca foi colocado como insolvente", explicou o autarca, considerando que "isto já dá para tirar uma conclusão evidente".