Aldo Lima é unanimente considerado um dos pioneiros do stand-up comedy em Portugal. Natural da Gafanha do Carmo, nos últimos anos, porém, o artista de 40 anos tem andado por outros palcos. O teatro e o cinema tornaram-se novas “paixões”, como admite nesta conversa mantida com o Diário de Aveiro por telefone, mas o humor continua a encher-lhe as medidas, e este regresso é encarado como algo natural. O espectáculo “Aldo Lima desde pequenino” está em digressão desde Outubro e chega sábado ao Teatro Aveirense (21.30 horas), numa actuação em que o humorista estará quase em casa.
Ao longo desta conversa, além de introduzir este espectáculo, Aldo Lima elogia a qualidade do humor nacional, mas deixa duras críticas a uma “democracia especial” que parece querer afastar os humoristas da televisão. Felizmente, há outras vias para chegar ao público, uma das quais aquela que o humorista volta agora a explorar, convidando o público a embarcar numa viagem temporal que começa com a visão que o pequeno Aldo Lima tinha do mundo e tem destino traçado até à actualidade.
Diário de Aveiro: Que espectáculo é este que marca o seu regresso ao stand-up comedy?
Aldo Lima: Este é um espectáculo que, como o nome indica, fala da minha experiência desde que era pequenino até aos dias de hoje, ou seja, como eram as coisas antes e como são agora. São textos que eu já tinha há vários anos, coisas que eu nunca disse, outras que escrevi novas. E percebi que, tudo junto, era algo que eu podia partilhar com as pessoas. Eu tenho 40 anos e há muita gente que teve as experiências de que vou falar. Quem é mais novo e não as teve, pode perceber como era o mundo antes. Tem uma visão cultural e sociológica sobre a nossa sociedade. É uma viagem temporal. Chama-se “Aldo Lima desde pequenino” porque é a forma como eu via o mundo. Mas toda a gente se vai identificar com aquilo e viajar no tempo.
Tem sido bem recebido pelo público?
Tem sido fantástico. Exactamente porque toda a gente percebe do que se está ali a falar.
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