A Casa Municipal da Cultura de Pedrógão Grande foi pequena para as centenas de pequenos agricultores que procuravam explicações. Durante a sessão de esclarecimento, deu-se voz à frustração contra um processo que dizem ser demasiado exigente. As queixas começaram antes de a sessão sequer arrancar, que a sala estava apinhada e havia quem não conseguisse ouvir.
Numa plateia composta maioritariamente por idosos, cedo se começaram a ouvir os protestos contra um processo de apoio demasiado complexo e exigente para várias das pessoas afectadas pelo incêndio de Pedrógão Grande, especialmente para quem perdeu mais de 5.000 euros - é exigida uma candidatura a fundos para poder receber apoio.
Quando uma das pessoas afectadas pediu à plateia para levantar o braço quem tivesse na agricultura uma forma de subsistência e não um negócio, a maioria dos participantes acedeu.
"É esta a realidade", apontou um membro da plateia.
O presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia, José Henriques, foi uma das pessoas que deu voz ao descontentamento, recordando que estava a ser exigido demasiado a pessoas que, na sua maioria, são idosos.