A presidente da Câmara de Alvaiázere suspeita que haja mão criminosa no incêndio que deflagrou ao final da tarde de sexta-feira e que ontem ainda lavrava no concelho. Célia Marques realçou que os focos de incêndio que foram sendo registados durante a noite de sexta-feira e a manhã de sábado no concelho "surgiram em sítios completamente opostos", rejeitando a possibilidade de terem sido resultado de projeções.
"Há suspeitas de que haja actuação criminosa", vincou a autarca em declarações à agência Lusa, considerando que o próprio combate ao fogo foi mais complicado face à necessidade de dispersão dos meios para combater focos de incêndio que iam surgindo "em vários pontos do concelho".
No fecho desta edição, o incêndio ainda lavrava naquele concelho, mobilizando 322 bombeiros, 96 viaturas e três meios aéreos. O fogo, que chegou a ser dado como dominado na manhã de sábado, reactivou e obrigou ao corte da A13. Como fez notar a autarca Célia Marques, o incêndio propagou-se “com grande velocidade", acabando por atingir o concelho vizinho de Ferreira do Zêzere, obrigado a que populares da localidade do Beco, naquele concelho do distrito de Santarém, fossem retiradas para uma localidade do concelho de Alvaiázere.