Familiares das vítimas de Pedrógão Grande criticaram anteontem a falta de informação e de acompanhamento psicológico, numa reunião para debater os estatutos da futura associação de vítimas, na qual ponderaram avançar com um processo colectivo contra o Estado. O encontro aconteceu em Figueiró dos Vinhos e juntou familiares das vítimas do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, a 17 de Junho, para definir os estatutos da futura Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande.
Na reunião, os presentes criticaram a ausência de informação útil, a burocracia, a não divulgação da lista oficial de vítimas mortais e a falta de apoio psicológico, disse à agência Lusa uma das promotoras do movimento, Nádia Piazza, que perdeu o filho na tragédia. Em cima da mesa, acrescentou, esteve também a possibilidade de se criar um memorial às vítimas e de se avançar com um processo colectivo contra o Estado, mas Nádia Piazza sublinhou que essa decisão ainda terá de ser pensada. "Vamos ver como é que agora as investigações vão decorrer. Mas isso [será] com calma, que é preciso deixar quem está no terreno trabalhar", disse.