Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

Euro feminino: Portugal, finalista improvável entre as melhores da Europa


Quinta, 13 de Julho de 2017
Portugal é o finalista improvável do Europeu de futebol feminino, de 16 de Julho a 06 de agosto, na Holanda, onde a vice-líder mundial e octocampeã europeia Alemanha é a grande candidata. Mais de 30 anos após os primeiros passos do futebol feminino português, uma nova geração de talentos, uma melhor organização de competições e uma importante aposta da Federação Portuguesa ajudaram à proeza histórica. Em Novembro, Portugal conseguiu garantir um lugar entre as 16 melhores equipas da Europa, que irão disputar em quatro grupos o Europeu de futebol, com a equipa das ‘quinas’ a ser a menos bem classificada de todas. Para chegar à Holanda, a selecção treinada por Francisco Neto teve que vencer o ‘play-off’ que atribuía a última vaga, com a equipa a empatar com a Roménia em Lisboa (0-0) e em Cluj (1-1), mas com a vantagem de um golo fora, já no prolongamento. Francisco Neto reconhece que Portugal parte para Europeu na ‘cauda’ dos favoritos, é 38.º do ‘ranking’ da FIFA e a segunda menos cotada é a Rússia, na 25.ª posição, mas o técnico confia no espírito “guerreiro” e na “união” para uma boa campanha. Na Holanda, integrada no grupo D, a equipa terá como adversárias a favoritíssima Inglaterra (5.ª do mundo e vice-campeã em 1984 e 2009), a Espanha (13.ª), e a Escócia (21.ª), selecção igualmente estreante no ‘Euro’. Na linha da frente de candidatos ao troféu está, inevitavelmente, a Alemanha, campeã europeia oito vezes (1989, 1991, 1995, 1997, 2001, 2005, 2009 e 2013), a França (3.ª no ‘ranking’ FIFA), a Inglaterra (5.ª) ou a Suécia (9.º). As suecas, campeãs europeias em 1984, muito antes do imenso domínio alemão, são inevitáveis candidatas, em companhia de outras nórdicas como a Noruega, campeãs em 1987 e 1993, mas atuais 11.ªs no ‘ranking’ da FIFA. O domínio nórdico, durante muito tempo bastião do futebol feminino mundial, foi acompanhado pela Alemanha, mas o presente assiste ao crescimento de França, Espanha ou Itália, selecções do sul da Europa que têm mostrado cada vez mais argumentos. As francesas são um bom exemplo dessa progressão e a nível de clubes têm no Lyon o bicampeão europeu, em 2016 diante do Wolfsburgo, e em 2017 frente às também gaulesas do Paris Saint-Germain, enquanto as espanholas têm vindo a tirar proveito das gerações que foram vice-campeãs europeias em sub-17 (2014, 2016 e 2017) e sub-19 (2012, 2014, 2015 e 2016). No grupo de Portugal, que a seleccionadora da Escócia, a ex-futebolista sueca Anna Signeul, define “como o mais difícil”, Inglaterra, semifinalista no Mundial de 2015, e Espanha, que em Março venceu a Algarve Cup, são candidatas à final. No Europeu feminino, além de Portugal estreiam-se também a Escócia, Bélgica, Áustria e Suíça. Em cada um dos quatro grupos as duas mais bem classificadas garantem um lugar nos quartos de final da competição.

Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu