Pampilhosa da Serra é o melhor concelho para viver

O programa “Conversas de Avós” convenceu e arrebatou para a Pampilhosa da Serra o título de “Melhor Município para Viver” - categoria de Respostas Sociais. Em causa está um galardão instituído pelo INTEC – Instituto de Tecnologia Comportamental, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, entregue ontem. Emocionado, José Brito Dias sublinha a oportunidade deste prémio, «particularmente sentido» num momento difícil para o concelho, que acabou de ver mais de 10 mil hectares do seu território dizimado pelo fogo. «Dá-nos ânimo para continuar», assume. A eleição aconteceu muito antes dos incêndios, mas a entrega verificou-se agora e para o autarca e para a sua equipa é um “sinal”, um apelo, mais um, à «resiliência, à nossa capacidade para resistir às contrariedades e avançar, seguir em frente e enfrentar novos desafios». Desafio é, também ele, o projecto “Conversas de Avós", que a autarquia da Pampilhosa da Serra candidatou. Um projecto que arrancou em 2012, no âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e que garantiu uma “revolução tranquila” no “modus vivendi” das gentes da Pampilhosa da Serra, particularmente dos mais velhos. Mas também dos mais novos, pois, enfatiza José Brito Dias, o programa tem uma componente «intergeracional», de “conversas” entre avós e netos, que permite que os «mais velhos contem as suas histórias de vida, as suas vivências aos mais novos». Estes, ouvem e «aprendem a respeitar a memória» de um passado marcado por dificuldades a perder de vista. Mas também de «histórias felizes», de «sucesso», de gente que «cresceu a pulso» e hoje são «referências».