A?Maria Leonor é uma menina de sorte. É certo que nasceu com paralisia cerebral e que os pais se desdobram em esforços para lhe dar o conforto, as condições e a qualidade de vida que merece qualquer menina de seis anos, especialmente uma menina com o seu problema. As terapias são uma constante e só uma cadeira para poder viajar de carro, como qualquer menina de seis anos, custa qualquer coisa como quatro mil euros.
A mãe, Patrícia Pereira, não se queixa do apoio que a Segurança Social dá às famílias de crianças “especiais” como a sua Maria Leonor, mas admite que não é fácil gerir tantas necessidades e tantas despesas. Por isso, é com os olhos cheios de lágrimas que agradece a muitos que estão espontânea e genuinamente disponíveis para ajudar. É por isso que a Maria Leonor é uma menina de sorte. «São pequenas grandes ajudas para a Maria, para lhe darmos qualidade de vida», diz, emocionada, Patrícia Pereira, que ontem se deslocou ao Colégio Rainha Santa Isabel, em Coimbra, para receber os cerca de 800 garrafões, recheados de tampinhas, que os alunos da instituição angariaram para a Maria Leonor ao longo deste ano lectivo.
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