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A genialidade de um pianista que só conseguiu ser criança depois de cegar


Segunda, 26 de Junho de 2017
Os aviões a descolar da base aérea de Tancos são ainda imagens bem reais guardadas nas memórias de Jorge Gonçalves, tal como as cores ou o formato dos telhados. Recordações dos tempos de menino, dos tempos em que um glaucoma congénito o obrigava a visitas regulares ao hospital e lhe causava dores de tal maneira insuportáveis que Jorge não tem dúvidas em afirmar que a sua infância só começou «depois de perder a visão». Tinha cinco anos e 10 meses. A partir daí, «foi quando pude ser criança, quando pude brincar, sem dores, quando pude fazer asneiras», revela, numa conversa ao piano, com direito a alguns momentos musicais. «O meu problema tinha uma característica muito desagradável: o sol parecia que tinha facas. Por isso, eu brincava debaixo da cama, porque assim não tinha luz», adianta, hoje com 34 anos, recuperando aquele espírito de criança que viveu quando deixou de ver.
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