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Conselho Europeu debate segurança e fixa critério para relocalização das agências da EU


Quinta, 22 de Junho de 2017
Os líderes da União Europeia (UE) reúnem-se entre hoje e sexta-feira em Bruxelas, num Conselho dominado por questões de segurança, no qual adoptarão também os critérios para a eleição das cidades que acolherão as agências actualmente sedeadas em Londres. Portugal estará representado na cimeira pelo primeiro-ministro, António Costa. Também o líder da oposição, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, estará hoje em Bruxelas para participar na tradicional "mini-cimeira" do Partido Popular Europeu (PPE) que antecede os Conselhos Europeus. Na carta-convite dirigida aos chefes de Estado e de Governo da UE, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, adianta que, depois do jantar de trabalho de hoje noite, vai convidar os 27 líderes (sem o Reino Unido) a permanecer mais um pouco, para um breve ponto da situação sobre as negociações com Londres para a concretização do ‘Brexit’ – que tiveram início na passada segunda-feira – e para adoptar “o procedimento para a recolocação das agências com sede no Reino Unido”. Em causa estão os critérios objectivos que serão tidos em conta para, em Outubro, o Conselho Europeu eleger as cidades que sucederão a Londres como sedes da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), à qual Portugal concorre, e a Autoridade Bancária Europeia (EBA). As regras foram já acertadas entre os 27 no Conselho de Assuntos Gerais realizado na terça-feira no Luxemburgo, tendo no final a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques, afirmado que ficou com a sensação de que, com base nos critérios que estão em cima da mesa, Portugal tem possibilidades reais de bater a concorrência, que admitiu ser numerosa e forte, pois tem “vantagens competitivas relativamente a outros Estados-membros”. Antes, os líderes da UE vão iniciar os trabalhos com uma primeira sessão dedicada a um dos temas em destaque na agenda, a segurança interna, focando-se sobretudo na luta contra o terrorismo, dois dias depois de Bruxelas ter sido palco de uma tentativa de atentado gorada pelas forças militares, que abateram o presumível terrorista. Na carta-convite, Tusk sustenta que é responsabilidade dos líderes europeus “provar às pessoas” que a UE é capaz de “restaurar o controlo sobre acontecimentos maiores e por vezes até aterradores”, pelo que espera que na cimeira desta semana a União seja capaz de fazer mais progressos em três áreas: ameaças à segurança, migração ilegal e globalização sem controlo. Na sexta-feira, haverá também uma discussão sobre a situação económica, com a participação do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.

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