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Pedrógão Grande: Mais de 200 médicos disponibilizam-se para ajudar populações


Quarta, 21 de Junho de 2017

Mais de 200 médicos disponibilizaram-se para ajudar populações nos centros de saúde de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, informou hoje o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM).

O presidente da SRCOM, Carlos Cortes, lançou o apelo na segunda-feira, nas redes sociais e através de um e-mail endereçado a nove mil médicos da região Centro, sendo que já "mais de 200 médicos" mostraram disponibilidade para prestar apoio no terreno, disse à agência Lusa.

O pedido "de apoio urgente" surgiu na sequência do apelo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Pinhal Interior Norte e as respostas "vieram de todo o país, incluindo ilhas", de profissionais que "se dispõem a tudo o que for necessário", sublinhou Carlos Cortes.

O presidente da SRCOM acredita que a oferta de médicos para a região afectada pelo incêndio que começou no sábado, em Pedrógão Grande, "é muito superior em relação à necessidade", mas relatou que, neste momento, também Góis, no distrito de Coimbra, "pede médicos".

"Os médicos estão dispostos a fazer tudo", realçou, referindo que nos centros de saúde da zona surgem "situações mais urgentes de intoxicações, queimaduras ou stress", mas há que atender também a casos indirectamente relacionados com o incêndio.

"Numa área com muita gente idosa, com diferentes patologias, seja diabetes ou problemas cardiovasculares, os doentes estão todos a descompensar, porque deixaram de tomar a sua medicação", frisou Carlos Cortes, considerando que, em alguns casos, esses doentes poderão ter de ser transferidos para um hospital.

De acordo com o presidente da SRCOM, poderá ainda "haver um impacto na saúde mental", tendo constatado que também "vários colegas psiquiatras se disponibilizaram para ajudar estas populações, que vão necessitar desse apoio nos próximos tempos".

"Nunca pensei ter tantos médicos a oferecerem-se para ajudar em troca de absolutamente nada", concluiu.

Na segunda-feira, a Ordem dos Enfermeiros (OE) anunciou que mais de 400 enfermeiros responderam aos apelos para apoiar as vítimas dos incêndios que lavram no Centro do país, principalmente em Pedrógão Grande e em Góis.

Além de muitos desalojados, o incêndio que começou em Pedrógão Grande provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo o balanço oficial provisório.


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