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Incêndios em Pedrógão Grande: Ministério Público vai abrir inquérito criminal


Segunda, 19 de Junho de 2017

O Ministério Público vai abrir um inquérito criminal para determinar as causas do incêndio que começou em Pedrógão Grande no sábado, no Norte do distrito de Leiria, disse à agência Lusa o procurador distrital de Coimbra. A notícia da abertura do inquérito criminal foi avançada pelo jornal Observador e confirmada à Lusa pelo procurador-geral distrital de Coimbra, Euclides Dâmaso. 
"Vai ser aberto um inquérito", afirmou Euclides Dâmaso, sublinhando que se tem de comprovar a teoria avançada pela Polícia Judiciária (PJ), que apontou trovoadas secas como as causas do incêndio, tendo encontrado uma árvore que foi atingida por um raio. "Não tenho razões para desconfiar, mas tem que ficar comprovado no inquérito", referiu Euclides Dâmaso. Caso se confirme que o incêndio foi provocado por trovoadas secas, o Ministério Público procederá ao arquivamento do processo.
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, em declarações na noite de domingo aos jornalistas em Pedrógão Grande, optou por não comentar a decisão do Ministério Público, sublinhando que agora é necessário "concentrar os esforços neste combate".
Sobre o combate, a membro do executivo socialista sublinhou que se vai tentar "trazer mais recursos disponíveis noutros distritos" para o incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande, acrescentando que não há nova actualização sobre o número de 62 mortos e de 62 feridos.
Questionada sobre a possibilidade de se demitir face ao número de vítimas mortais, Constança Urbano de Sousa frisou que este "não é o momento" para se pensar nisso. "Este é o momento para agir e para encontrar soluções para um problema. É isso que estou aqui a fazer", vincou a ministra.
O fogo, que deflagrou às 13h43 de sábado, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, alastrou depois aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e entrou também no distrito de Castelo Branco, pelo concelho da Sertã.
O último balanço dá conta de 62 mortos civis e 62 feridos, dois deles em estado grave. Entre os operacionais, registam-se 10 feridos, quatro em estado grave. Há ainda dezenas de deslocados, estando por calcular o número de casas e viaturas destruídas.
O Governo decretou três dias de luto nacional, até terça-feira.


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