Dor. Revolta. Indignação. Destruição. Lágrimas. Estas são as palavras que melhor descrevem o cenário dantesco vivido durante os dois últimos dias pelos habitantes de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró do Vinhos, os três concelhos mais fustigados pelo incêndio de grandes proporções que destruiu milhares de hectares de floresta e roubou a vida a pelo menos 61 pessoas e feriu 62, números confirmados pelo Governo.
A destruição e o cenário negro e cinzento de destruição ao longo do IC8 – via que liga Pombal a Castelo Branco e que ontem chegou a estar cortada ao trânsito várias vezes devido à aproximação das chamas – estava estampado nos rostos dos populares das aldeias do concelho de Pedrógão Grande, bem como nos dos profissionais envolvidos nas operações de combate (bombeiros) e das forças de segurança (GNR) que tiveram a díficil missão de orientar a circulação automóvel e travar temperamentos mais agitados da população.