Estão eleitos os primeiros 11 elementos que vão constituir o Conselho Geral da Universidade de Aveiro (UA) e tudo parece apontar para uma mudança de rumo no caminho que a instituição tem vindo a percorrer ao longo das últimas décadas. Essa é pelo menos, uma das conclusões que se pode tirar das eleições do referido órgão da UA, onde a lista que se assumiu como “de continuidade” saiu derrotada na maioria das circunscrições, numa votação que foi a mais participada de sempre para o órgão em causa, com mais de 82 por cento de votantes a exercerem o seu direito.
Ora, desde 1986, quando Renato Araújo foi eleito para o seu primeiro mandato como reitor que houve uma linha de continuidade no cargo, como se pode perceber no facto de todos os reitores eleitos posteriormente terem integrado as equipas de reitores do seu antecessor. Essa situação verificou-se com Júlio Pedrosa (dois mandatos, o segundo interrompido para assumir funções no Governo), Helena Nazaré (dois mandatos, entre 2002 e 2010) e Manuel Assunção, que cumpre o seu segundo mandato, depois de ter sido eleito pela primeira vez em Fevereiro de 2010.
O que acontece agora é que, dos dez lugares destinados a professores e investigadores, o movimento “Juntos somos a Voz da UA” conquistou sete, contra apenas três eleitos pela candidatura “Valorizar o Passado, Projetar o Futuro”, apresentada publicamente há cerca de dois meses, quando José Fernando Mendes, vice-reitor para a área da Investigação, se assumiu como candidato ao lugar que Manuel Assunção ainda vai ocupar por cerca de um ano.
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