Samuel Úria é, provavelmente, o nome maior do cartaz do Festival Rádio Faneca deste ano. Toca esta noite no Jardim Henriqueta Maia - também porque não cabe numa casa (aberta) onde o espaço seria todo dele. Esperemos que este gigante da música nacional não fique barrado num beco, durante o concerto que, promete, terá o seu quê de inusitado. Depois de há uma semana ter levado quase uma orquestra para o palco do Tivoli - com Ana Moura, Manuel Cruz, Manuela Azevedo e muitos outros -, em Ílhavo, o cantautor que só sabe crescer traz os seus músicos da “bida airada” que prometem deixar o ar rarefeito ou, citando o sujeito com quem falámos: “com vontade de transpirar em palco”.
Diário de Aveiro: É publico que é uma pessoa que só sabe crescer. Isso quer dizer que, vindo depois do Tivoli, o concerto na Rádio Faneca será grandioso, certo?
Samuel Úria: Eu espero que sim. Até porque todas as experiências que tenho aí na região são de um público extremamente generoso, o que tem criado uma relação especial. Sei que isto parece graxa, mas é rigorosamente verdade. Por isso estou a contar com essa grandiosidade que advém de uma relação que se tem tornado muito boa. Ainda agora abri a minha página de Facebook e vi que faz hoje dois anos que estive no Aquários dos Bacalhaus e foi aí que estreei um para de canções que fariam parte do disco que lancei no ano passado.
Com tantos concertos, já deixou de ser forasteiro aqui.
De todo. Até porque, geograficamente, é uma região que se aproxima muito da minha terra natal [Tondela], em termos de costumes e de uma identidade que é mais nortenha, ainda que sendo no centro. Sinto-me em casa e há uma correspondência na maneira como sou recebido.
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