O casal acusado de vender roupa falsificada entre 2007 e 2012 e de receber indevidamente 40 mil euros do Rendimento Social de Inserção (RSI) admitiu ontem no Tribunal de Castelo Branco a maioria dos factos que constam da acusação. O casal está acusado, em co-autoria, dos crimes de fraude sobre mercadorias, venda, circulação ou ocultação de produtos ou artigos, fraude fiscal qualificada, branqueamento, burla tributária e detenção de arma proibida.
O homem, 43 anos, e a mulher, com 36 anos, os dois de etnia cigana, aceitaram falar ao colectivo de juízes. Ouvidos separadamente, a arguida explicou que apenas se limitava a assinar os cheques que o marido lhe dava e que desconhecia os “negócios” deste. Pelas três contas bancária de que ela é titular passaram naquele período 1, 7 milhões de euros. «A minha vida é tratar da casa e das minhas três filhas», disse várias vezes. «Peço desculpa à Segurança Social e prontifico-me a restituir o dinheiro», afirmaram os dois arguidos, no início do julgamento que teve um reforço das medidas de segurança.
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