Um guarda prisional foi ontem condenado, pelos crimes de tráfico e de corrupção, a uma pena de sete anos de cadeia por se ter aliado a dois reclusos num esquema de tráfico de droga no interior do estabelecimento prisional de Coimbra. A pena só não foi mais pesada, explicou ontem o juiz João Ferreira na leitura do acórdão, porque os factos foram praticados num período relativamente curto (cerca de 5 meses) e ainda atendendo ao facto do guarda prisional se encontrar numa situação económica muito complicada. Foi ainda condenado a quatro anos de inibição de funções. A sua «idoneidade» ficou irremediavelmente afectada, disse o juiz. Já os dois reclusos foram ambos condenados a sete anos e nove meses de prisão pelos mesmos crimes.
O caso passou-se entre Março e Julho de 2016. Os dois reclusos aproveitavam as saídas precárias para se abastecerem de droga mas também de outros produtos facilmente transaccionáveis no interior da cadeia, como anabolizantes, telemóveis e mais dispositivos electrónicos. O guarda prisional – que exerce funções em Coimbra desde 1986 – admitiu ter aceite o suborno por duas vezes. Numa primeira vez terá recebido 1.200 euros para levar um saco com telemóveis e 4 barras de haxixe e num segundo momento, quando foi detido, o saco tinha droga, telemóveis anabolizantes e outros material electrónico. O pagamento prometido era de 3 mil euros e já teria 680 euros, de adiantamento, no saco quando foi detido na Estação Velha pela Polícia Judiciária de Coimbra.
Leia a notícia completa na edição em papel.