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Papa deslocou-se no interior do papamóvel para a casa onde vai dormir, mas fiéis entendem


Foto: LUSA Sexta, 12 de Maio de 2017

A chegada do Papa esta noite à casa onde vai pernoitar foi seguida de alguma desilusão por o mesmo ir na parte interior do papamóvel, mas os peregrinos logo mostraram compreensão, afirmando que “ele está muito cansado”. O Papa Francisco chegou à Casa de Nossa Senhora do Carmo às 22h30, tendo sido recebido com aplausos, assim que a viatura que o transportava se tornou visível para algumas dezenas de peregrinos que o aguardavam. Contudo, o Papa viajava no interior da viatura, a qual era seguida por vários elementos da sua comitiva, que andavam em passo acelerado.
O Papa entrou depois no interior da Casa de Nossa Senhora do Carmo, ouvindo-se ainda alguns “vivas” da parte dos peregrinos, que empunhavam velas e telemóveis. Ao aperceberem-se que o Papa não ia saudar os peregrinos, estes refrearam o entusiasmo para logo em seguida comentarem entre si que era natural, pois “ele está muito cansado”.
Antes, o Papa Francisco participou na cerimónia de bênção das velas no Santuário de Fátima. Na ocasião, Francisco lembrou “cada um dos deserdados e infelizes a quem roubaram o presente” e os “excluídos e abandonados a quem negam o futuro”. Na cerimónia, na Capelinha das Aparições, Francisco pediu também a bênção para os “órfãos e injustiçados a quem não se permite ter um passado”.
Perante milhares de peregrinos que assinalam o Centenário das Aparições, e na véspera da canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, o papa interpelou directamente os fiéis, questionando-os sobre com qual “Maria” peregrinam. “A Bendita por ter acreditado (…) ou (…) a ‘Santinha’ a quem se recorre para obter favores a baixo preço?”, questionou o Bispo de Roma, para quem os cristãos devem ser, antes de mais, “marianos”.
Na sua intervenção, o Papa Francisco fez, ainda, uma exortação à necessidade de os católicos serem misericordiosos. “Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia”, disse Francisco perante uma multidão de peregrinos de velas acesas nas mãos.


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