Um grupo de 30 argentinos da região de Buenos Aires encontra-se em Fátima “para estar em comunhão” com o compatriota Francisco e com o Papa percorrer “um caminho pela humanidade e pela paz”. Pascual Morel, o líder do grupo e já com “traquejo” em vir como peregrino a Fátima, aponta como grande desafio da igreja “o combate à materialidade e a aproximação à espiritualidade, como este Papa indica”.
“É preciso saber viver entre os homens com Deus e com Maria”, considerou Pascual Morel, que conhece o papa Francisco desde os tempos em que Jorge Bergolio trabalhava em Buenos Aires. “A luta dos dias de hoje é por um bem maior, mais espiritual, e não este materialismo que nos obrigam a viver, e tem sido isso que Francisco se tem preocupado em nos chamar a atenção. Existe outro mundo além deste, um mundo de bem”, disse.
Para Morel, Francisco, Papa desde Março de 2013, tem dado uma lição de humildade, prosseguindo o caminho trilhado pelos seus antecessores, Bento XVI e João Paulo II. “Tal como Wojtyla e Ratzinger, Francisco tem percorrido o caminho de Deus, mas tem-no feito de uma forma mais humilde e com muita proximidade com o povo”, afirmou.
Questionado pela Lusa se o facto de Francisco ser argentino fez a diferença na igreja, Morel afirmou: “Não, não terá sido isso. Mas, a igreja está diferente”. No santuário marcam já presença peregrinos de vários países do continente americano, que com a escolha de Francisco viu pela primeira vez eleito um papa das Américas.
No recinto, com cada vez maior número de peregrinos, ondulam, entre outras, bandeiras do Brasil, Porto Rico, Venezuela, Canadá, Estados Unidos, Equador e Argentina.
