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Fátima: À espera do Papa Francisco


Helena Amaro / Foto: Luís Filipe Coito Sexta, 12 de Maio de 2017
Ana Franco é um dos rostos de milhares de peregrinos que ontem chegaram a Fátima a pé. Às portas da cidade-santuário, há um misto de sentimentos que a domina: felicidade por terminar a última etapa, sensação de peregrinação cumprida, e tristeza por deixar o grupo que a acompanha desde o início da semana. Natural da Madeira, Ana Fran­co, de 32 anos, é emigrante em Jersey, nos Estados Unidos da América. Chega a Fátima integrada num grupo de Paredes. Há quatro anos, acompanhou uma amiga a quem tinha morrido o irmão. “Caminhei com ela em 2014 e, desde então, tenho vindo todos os anos. Digo sempre na última peregrinação que não venho mais, mas não consigo resistir. É mais forte”, explica ao nosso jornal. Ainda molhados da chuva que se fez sentir ontem, ao final da manhã, em Fátima, este grupo de Paredes é unânime ao afirmar que a última etapa é a mais difícil. “Hoje, é o dia do ‘parte pernas’”, dizem. “Por muito difícil que seja, é muito bonito chegar a pé”, acrescenta Ana Franco. No grupo que partiu de Guimarães e que encontrámos ontem em Saramago, na freguesia de Caranguejeira, concelho de Leiria, é a fé e o espírito de grupo que mantém os peregrinos na estrada. Mesmo quando o momento é para tirar uma fotografia junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima, que se encontra junto à estrada, e que é paragem obrigatória e de culto para os peregrinos que seguem para Fátima, ninguém fica de fora. Há cerca 20 anos que se fazem à estrada em Maio. Este ano, são cerca de 23 pessoas. Entre elas, está Narcisa Novais, que há 14 anos vai a pé a Fátima. A poucos quilómetros do Santuário, assegura que “não há etapas difíceis”, porque “há fé”. “Não venho pagar promessa, não venho agradecer, porque agradeço todos os dias, mas venho porque tenho fé. Não se explica, sente-se”, conta Narcisa Novais. Alcídio Silva vai a Fátima a pé pela “fé” e pela “experiência”. Deitado junto a um pequeno local de culto em Caranguejeira, este peregrino de Viseu aproveita todos os momentos para descansar, enquanto o grupo de cinco pessoas não o alcança. Ao nosso jornal, conta que vai a Fátima pela primeira vez, depois de já ter feito a peregrinação a Santiago de Compostela e de se estar a preparar para fazer uma peregrinação a partir de Jerusalém.
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