O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a estudar uma nova estratégia para o Afeganistão que inclui o envio de 3.000 soldados, elaborada por assessores da defesa e política externa, informou hoje o The Washington Post. Funcionários norte-americanos indicaram ao jornal norte-americano que o envio de mais tropas tem como objectivo voltar à mesa de negociações com os talibãs.
Segundo o The Washington Post, a nova estratégia foi delineada pelo tenente-general H.R. McMaster, assessor de Segurança Nacional do Presidente dos Estados Unidos. Caso o novo plano avance, o número de soldados norte-americanos vai passar de 8.400 para 11.400, sendo que seriam, a partir de agora, os militares do Pentágono – e não da Casa Branca –, os responsáveis pelo envio ou retirada de novas tropas.
Os Estados Unidos tinham 100.000 soldados destacados no Afeganistão durante a presidência de Barack Obama quando o líder da Al-Qaida, Osama Bin Laden, foi morto na sequência de uma operação levada a cabo, em 2011, no vizinho Paquistão.
Os que se opõem a esta nova estratégia intervencionista argumentam que nem sequer naquela altura Obama conseguiu obter concessões militares por parte dos talibãs. Trump chegou à Casa Branca com a promessa de reduzir a intervenção militar dos Estados Unidos no exterior, mas também com a de combater o terrorismo.
Em 13 de Abril, os Estados Unidos lançaram a bomba não-nuclear mais potente (GBU-43 Massive Ordnance Air Blast, MOAB), conhecida como a “mãe de todas as bombas”, contra um complexo do EI em Nangarhar, dias depois de um militar das forças especiais norte-americanas ter sido morto na zona.