Só três ou quatro dias depois de nascer é que Fernando José Morgado saiu de casa. E a primeira coisa que viu quando colocou os olhos na rua foi uma fachada de azulejos que o fez sorrir. Ao caminhar ao colo da sua mãe, o então recém-nascido começou a chorar mal se afastou daquela fachada e só um noivo painel de azulejos fez com que voltasse a trocar o choro pelo sorriso. E foi assim que nasceu uma ligação quase umbilical entre o ceramista - hoje reformado - e arte que teve a oportunidade de criar durante anos.
Esta é, pelo menos, a história que gosta de contar e que ontem, 70 anos volvidos sobre o dia em que nasceu, decidiu partilhar com as pessoas que se juntaram em frente ao n.º 15 da Rua de Coimbra, para assinalar um novo nascimento: o do Dia Nacional do Azulejo. Sim, no dia do aniversário de Fernando José Morgado, como, se calhar, o mesmo previu naquela primeira saída de casa, ainda bebé.
A razão para que a referida reunião tenha acontecido naquele local não podia ser mais óbvia: a fachada de azulejos. Datada do início do século XX, actualmente, faltam alguns dos azulejos que a compuseram inicialmente, e há outros que começam a mostrar sinais de degradação, razão que levou os proprietários a procurar a ajuda do Projecto SOS Azulejo, criado há 10 anos.
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