Três pessoas morreram na terça-feira em protestos no estado de Carabobo, no centro da Venezuela, onde foram registadas pilhagens e danos em imóveis, informaram várias autoridades através das redes sociais, citadas pela agência Efe. O Ministério Público indicou através do Twitter que vai investigar a morte de Yonathan Quintero, de 21 anos, que morreu “na noite de terça-feira na avenida Villa Florida” da cidade de Valência, capital de Carabobo, durante uma “situação irregular”.
O Ministério Público não deu mais detalhes sobre o caso. Por sua vez, o director nacional da Protecção Civil, Jorge Galindo, informou que um autocarro se despistou “ao tentar evitar uma barricada” na via Puerto Cabello-Valencia, e que este acidente causou dois mortos e outros dez feridos, os quais foram transportadas para um hospital na zona. Também através do Twitter, Galindo mostrou fotografias dos obstáculos na via, que alegadamente causaram o acidente.
Centenas de opositores em Caracas e outras cidades da Venezuela montaram barricadas nas ruas e avenidas em protesto pela convocatória do Presidente, Nicolás Maduro, para eleger uma Assembleia Nacional Constituinte para transformar o Estado venezolano e reformular o seu ordenamento jurídico.
No caso do estado de Carabobo, 150 quilómetros a oeste de Caracas, estas manifestações prolongaram-se durante a tarde, apesar de a plataforma opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) ter anunciado o final por volta das 10.00 (14.00 GMT).
Algumas destas manifestações terminaram com actos de vandalismo cometidos na maioria por pessoas encapuzadas, com a MUD a distanciar-se dos respectivos autores e o Governo a descrevê-los como opositores violentos.
Antes destes incidentes em Carabobo, o balanço oficial da violência desencadeada no âmbito dos protestos antigovernamentais vividos na Venezuela no último mês era de 29 mortos, cerca de 500 feridos e mais de mil detidos.