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Este “Altar” é “uma cerimónia gigante” e é dado como prenda pelos The Gift


Adérito Esteves Segunda, 24 de Abril de 2017
A banda de Alcobaça anda feliz da vida. No início de Abril, os The Gift lançaram o novo disco, que os fez cumprir um sonho que nunca pensaram viver: trabalhar com Brian Eno, produtor responsável por alguns dos maiores êxitos de bandas como os U2 ou os Coldplay, entre outros. Por isso, este “Altar” é todo ele de “celebração”, como nos conta Nuno Gonçalves, um dos elementos da banda que conta 22 anos de carreira. E essa “cerimónia gigante” que traz “as melhores canções dos The Gift” é apresentada amanhã, às 21.30 horas, no Teatro Aveirense, que terá a honra de ser uma das primeiras a conhecer um trabalho considerado “uma obra de vi­da” da banda alcobacense. Diário de Aveiro: Os The Gift nasceram num sótão em Alcobaça, mudaram para um bar, passaram pelas principais salas do país, e agora chegam a este “Altar” que consideram “um sonho tornado realidade”. Nuno Gonçalves: É um sonho tornado realidade, sobretudo porque este é um disco produzido pelo Brian Eno, que era um produtor de sonho para nós. Precisamente no sótão do Miguel [Ribeiro], em 1994, grande parte dos discos que ouvíamos tinham o cunho do Brian Eno. O “Achtung Baby” dos U2, toda a carreira dos Talking Heads, os Roxy Music, o David Bowie. Estava sempre o nome do Brian Eno, por estar associado a esses artistas. Por isso, se nos dissessem em 94 que, 22 anos depois, iríamos trabalhar com ele, isso seria inatingível, na nossa óptica. E por isso é que dizemos que este é o disco das nossas vidas, porque foram precisos 22 anos para termos a maturidade e know-how para chegar a um nome destes e também para aproveitá-lo na sua plenitude. Era um nome com o qual faziam piadas entre vocês, não é assim? Sim. É aquela ideia que eu acredito que, por exemplo, os jogadores de futebol fazem de um dia irem jogar no Real Madrid (risos). É aquele nome que está mais além do que tudo, é um nome de sonho. Quis o destino que nos juntássemos, que ele gostasse e se sentisse entusiasmado com a banda – porque não foi, de todo, um trabalho de produção frio. Foi uma coisa que durou muito tempo e teve um grande envolvimento e compromisso da parte dele. O Brian, não só fez o rumo da produção, como estava connosco na composição, foi co-autor de canções e letras. Houve um envolvimento extra dele, o que torna a coisa ainda melhor. Vocês dizem que este álbum tem 10 canções que foram “compostas durante dois anos, pensadas ao longo de três e sonhadas ao longo de vinte e dois”. Sim. Eu acho mesmo que este disco tem as melhores canções dos The Gift. Não são fruto de três anos de trabalho, mas sim de 22. Porque, para chegarmos a este nível, foram necessários estes 20 anos de trabalho, de experiência e de vida artística. E conflui tudo para este “Altar”. Este é um disco de celebração. De uma cerimónia gigante com uma boa vibração e um pulsar muito positivos.
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