“O tempo deu-lhe sempre razão e trouxe-lhe o devido reconhecimento pela sua razão temporã” disse o padrinho do novo Doutor Honoris Causa, da Universidade de Aveiro UA, grau que foi atribuído ontem a Arsélio Pato de Carvalho. Tendo em conta a frase do director do Departamento de Biologia, Amadeu Soares, as “competências que as novas gerações vão precisar” estarão entre as que foram descritas no discurso do professor catedrático jubilado do Departamento de Ciências da Vida da faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Qualificado por Amadeu Mortágua de “corajoso e visionário”, Arsélio Pato de Carvalho apontou para as “competências necessárias” perante os desafios das universidades. São de três tipos: o “conhecimentos em mais do que um domínio”, que “incorporem saberes, aptidões, atitudes e valores” e “assegurem comportamentos de uma ordem superior, perante problemas complexos, ou de elevada incerteza”. Defende ainda que “muitos dos projectos de licenciatura, e alguns de mestrado, devem ser reinventados” para proporcionar aos estudantes “um clima de liberdade no planeamento de boa parte do seu próprio curriculum”. Se assim não for, não será tomada em consideração a “criatividade e ambições individuais”. Para o novo Doutor Honoris Causa, “as nossas instituições têm sido um entrave à liberdade de escolha do projecto de educação de cada cidadão”, por isso maior liberdade, “motiva os alunos a continuarem a aprender” mas atualmente, alcançar o grau de ensino ainda é considerado o final da aprendizagem”.
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