Na casa que pertenceu a Joaquim José de Queiroz, um ilustre de Aveiro, e onde o seu neto Eça de Queirós, autor de “Os Maias”, passou uma parte da infância vai nascer um espaço museológico dedicado a estas duas personalidades. O escritor, natural da Póvoa de Varzim, viveu em Verdemilho entre o final da década de 1840 e 1855, até aos seus dez anos. A casa do avô, um dos organizadores da insurreição de 1828 contra D. Miguel, está em ruínas. Com excepção da fachada, pouco dará para aproveitar. O interior está completamente destruído – paredes, tectos ou soalhos são uma decadente sombra do que o edifício já foi. No primeiro piso, partes do chão apodrecido cederam, abrindo crateras. Há muito lixo acumulado, nomeadamente velhas garrafas de refrigerantes ou vinho. No exterior, nas traseiras da casa, silvas, arbustos e árvores cresceram sem controlo e são uma selva de verde quase impenetrável. As paredes de fora encontram-se cobertas de heras e os anexos estão desfigurados pelo abandono. O Diário de Aveiro visitou o espaço ontem de manhã e, pela lente do fotógrafo Ricardo Carvalhal, mostra o que encontrou.
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