A conversa terminou com um longo suspiro. Não é um alívio, mas é a certeza que, ao fim de 17 anos, e já com 80 cansados anos de vida, Maria da Glória Fernandes pode fazer o luto pela morte do filho e que o Tozé pode finalmente descansar em paz. Não quis tirar fotos, quis apenas desabafar e, no fundo, encerrar (no que é possível) um livro cheio de lágrimas, cansaço e muito sofrimento...
«Fez-se justiça ao Tozé», desabafa, resumindo, assim, o que sentiu quando, esta terça--feira, soube da decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que condenou o Estado a pagar uma indemnização de 26 mil euros, dando razão a esta mãe, que teve sempre a certeza de que o seu filho se suicidou na linha da Lousã, debaixo da automotora, no final de Abril de 2000, por falta de protecção do Hospital Sobral Cid, onde se encontrava internado.
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