Dezenas de veículos percorreram ontem os 25 quilómetros do troço do Itinerário Complementar n.º 2 (IC2/EN1) que atravessa o concelho de Pombal em marcha lenta, como forma de protesto pela falta de uma requalificação que garanta a segurança dos utentes da estrada. A acção foi promovida pela Câmara Municipal e juntas de freguesias e pode voltar a acontecer, caso não exista uma resposta por parte da empresa pública Infraestruturas de Portugal. Ao som de algumas buzinadelas e ostentando faixas negras, os veículos, muitos deles pertencentes às autarquias do concelho de Pombal, quiseram manifestar a sua discordância pelo actual projecto de requalificação do IC2 entre Leiria e Coimbra. Contudo, o presidente da Junta de Freguesia de Vermoil foi mais longe, ao afirmar que aquela acção pretendia ser uma “homenagem às centenas de pessoas que perderam a vida naquele troço de 25 quilómetros do concelho de Pombal”. “Há 25 anos que não se faz aqui nada em termos de segurança”, frisou Ilídio Manuel da Mota, defendendo a construção de “rotundas ou passagens desniveladas ou passagens pedonais”, até porque, “em lado nenhum se vê um IC com estas características”. Porém, o que está em causa é a “discriminação” do concelho de Pombal face ao que prevê o projecto da Infraestruturas de Portugal para os nove quilómetros de troço no concelho de Leiria. “Há uma discriminação muito grave”, considerou Ilídio da Mota, referindo que o projecto contempla “cinco rotundas no concelho de Leiria e zero no concelho de Pombal”. “Não podemos baixar os braços”, afirmou.
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