“Fazer acontecer e criar consciência em Arouca” são os objectivos concretos do movimento “Matéria-Prima”, que, desde os incêndios de Agosto passado, tem dado o exemplo em termos de trabalho em prol da recuperação da Serra da Freita.
Com 12 membros fixos, mas aberto às boas-vontades e competências que se lhe quiserem associar, este projecto já olha para uma terceira fase de intervenção, após as primeiras acções para prevenir a erosão de solos e já algumas replantações realizadas (ver caixa).
O próximo passo será criar reservatórios que alimentem árvores e plantas e permitam um combate mais eficaz em caso de novo sinistro.
“Surgiu devido à calamidade”, salientou Ana Vieira, porta-voz do “Matéria-Prima”. Recordou a primeira semana de Agosto quando a Serra ardeu e as chamas quase cercaram a vila de Arouca. “As pessoas encontraram-se em contexto de combate a incêndio”, assinalou.
No final da dura refrega, as cerca de três centenas de voluntários que auxiliaram os bombeiros juntaram-se, à boa maneira portuguesa, em torno da mesa, e, face à “paisagem desoladora” que ficou e a todas as vivências, proclamaram que “alguma coisa teria de mudar”.
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