Diz a Teoria do Caos que “o bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo”. A teoria da solidariedade é bem mais simples, mas baseia-se na mesma premissa: um gesto, por mais pequeno e insignificante que possa parecer, pode trazer consequências de grande dimensão em qualquer outro lugar. Mas vamos ser concretos. O que queremos dizer é que, um bater de palmas em Aveiro, pode garantir que a família Sheik, no Bangladesh, tenha mais um mês de renda paga. O tal pequeno gesto, pode significar uma vida melhor para uma mãe que tem a seu cargo cinco filhos.
É isso que se pretende com o ciclo de concertos “Smooth March” (ver caixa) que, neste mês de Março, tem levado vários artistas ao Mercatu Smooth Bar, no Mercado Manuel Firmino, para momentos musicais que têm como único objectivo angariar contributos para pagar o máximo de rendas mensais da família Sheik. Trinta e quatro euros. Trinta-e-quatro-euros, assim, devagarinho. É isso que a família paga, por mês, para poder (sobre)viver numa “barraca” cujo principal luxo – comparado com a realidade do local que habitavam antes – é ter paredes de tijolo e telhado de zinco.
Para ajudar, à semelhança de anteriores iniciativas promovidas no mesmo espaço, os interessados só têm de passar no Mercatu Smooth Bar – nos dias dos concertos ou noutra data qualquer –, onde vão encontrar uma caixa, na qual podem colocar o seu donativo. No final do ciclo de concertos, a caixa será aberta e o valor transferido para a Fundação Maria Cristina, que tratará de o fazer chegar à família Sheik. Quanto a nós, fazemos chegar até ao leitor um resumo da história desta família.
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