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Álbum europeu do ano? Pode ser este... que recorreu a crowdfunding para nascer


Adérito Esteves (texto) e Ricardo Garcia (foto) Sexta, 10 de Março de 2017
“Drifter”, o segundo disco dos First Breath After Coma, banda leiriense que actua amanhã na Fábrica das Ideias, na Gafanha da Nazaré, está entre os 25 nomeados para “Álbum Europeu do Ano” da IMPALA (Independent Music Companies Association), juntamente com, por exemplo, uns tais de Radiohead. Só essa notí­cia, anunciada tão oportunamente que parece-que-foi-encomendada-pelos-responsáveis-da-CCI, quase nos desobri­gava de fazer esta entrevista. Mas como também quería­mos perceber como é que isto acontece a uns tipos que tiveram de recorrer a uma campanha de crowdfunding para gravar o disco, fizemos o telefonema. A conversa nem começou da melhor forma, com algum desdém do outro lado da linha pa­ra com a melhor cidade do distrito de Leiria - a Marinha Gran­de, co­mo todos sabem. Mas, apesar dessa afronta a alguém que ali nasceu, demos uma segunda oportunidade ao Rober­to Caetano, vocalista da banda, e ainda saímos bem vistos, com uma das primeiras entrevistas à ban­da que pode vir a ganhar um importante prémio europeu. Diário de Aveiro: Quando formaram a banda, em 2012, disseram que só queriam chegar ao festival Paredes de Coura. Agora, com o “Drifter”, já quiseram chegar “o mais longe possível”. Era a nomeação para melhor álbum europeu do ano que tinham em mente? Roberto Caetano: Não. Fomos apanhados de surpresa. Até acho que nenhum de nós sabia da existência deste prémio (risos). O chegar o mais longe possível tem a ver com o reconhecimento: é isso que procuramos, juntamente com a nossa identidade musical, que vamos construin­do progressivamente. Mas estão a chegar cada vez mais longe. O chegar mais longe passa também pelo reconhecimento que conseguimos ter, fora da nossa zona de conforto. Essa começou em Leiria, depois alargámos para Portugal e agora estamos a investir lá fora Isso é chegar mais longe. Claro que esta nomeação é mais um “chegar longe”, mas falamos mais a nível musical: dar concertos, tocar para diferentes pessoas e sermos reconhecidos pelo nos­so trabalho. Isso tem sido conseguido com este álbum. Sim. No primeiro álbum pisámos terreno mais nacional. Foi o primeiro registo, que nos abriu algumas portas, para o pessoal começar a ver que havia “aquele disco”, da “tal banda de Leiria”. E a afirmação veio com este segundo, que também nos abriu as portas lá fora. O “Drifter” afirmou-nos cá dentro, mas agora temos um novo começo para explorar além-fronteiras. Um dos nossos objectivos com este disco era conseguir dar o salto e procurar o que havia lá fora. Ainda o estamos a descobrir, mas temos dado concertos em Espanha, França, muito na Alemanha e Inglaterra.
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