O ciclismo ao mais alto nível vai manter-se em Portugal, esta semana, uma com a realização da 35.ª Volta ao Alentejo, que vai contar com a presença das duas equipas da região: a La Alumínios Metalusa BlackJack, de Albergaria-a-Velha, e a EFAPEL, de Ovar (na foto). A prova começa hoje, em Portalegre, prolonga-se até domingo e será disputada por um pelotão de 150 homens, que vão percorrer todas as latitudes da região alentejana. São quase 900 quilómetros que vão terminar no centro histórico de Évora, Património Mundial da Unesco. Com a subida de escalão na hierarquia da UCI - União Ciclista Internacional, a prova organizada pela Podium Events em parceria com a CIMAC - Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central regressa ao escalão 2.1, o que permite a participação de mais e melhores equipas do ciclismo internacional.
Como começa logo após a Volta ao Algarve, que chegou ao fim no domingo, a “Alentejana” assegura duas semanas de ciclismo de alto nível nas melhores condições em Portugal, que convenceram um lote das 19 equipas a marcarem presença. Destas, destaca-se a Movistar (a única WorldTour presente), formação número um do ranking mundial, que vai fazer alinhar, entre outros, o bairradino Nélson Oliveira (tri-campeão nacional de contra-relógio) e Nuno Bico, além do espanhol Carlos Barbero, o único da lista de inscritos que pode quebrar a tradição da Volta ao Alentejo, visto ser o único corredor que já venceu, em 2014, a competição. É que, nascida em 1983, a “Alentejana” é um caso singular no mundo do ciclismo por etapas porque até agora nunca ninguém venceu a prova duas vezes.
