O barro está, sempre esteve, ali, à mão. «É uma matéria prima que abunda na região. Desde Coimbra a Leiria, vemos, ainda hoje, muito barreios e mesmo algumas chaminés de fábricas que ainda persistem». Palavras do arqueólogo Miguel Pessoa, um dos elementos da organização das V Jornadas de Valorização do Património Cultural, que hoje começam em Condeixa. Um projecto cultural que arrancou em 2015, sob a chancela da Associação Ecomuseu de Condeixa, Câmara Municipal de Condeixa, União de Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova, tendo como horizonte a valorização da história, das vivências, do património e das gentes da região no âmbito da candidatura de Conímbriga a Património da UNESCO.
Disponível, à mão, o barro moldou a história e as gentes da região. «O barro inspirou o homem», diz Miguel Pessoa. Uma “inspiração” que se fez arte, nos painéis de mosaicos desenvolvidos já no tempo dos romanos ou nos azulejos criados pelas muitas fábricas que existiam em Coimbra ou em Condeixa. Mas o barro também se moldou sob a forma de louça, utilitária e decorativa, em tijolo e telha para a construção civil, e até na feitura de instrumentos musicais.
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