Ontem, completaram-se exactamente três anos desde que o mar revolto galgou o muro de pedra que protege a marginal do Furadouro, em Ovar, e invadiu vários estabelecimentos, causando prejuízos avultados.
Temendo que o cenário se voltasse a repetir, tendo em conta os diversos alertas devido à agitação marítima, alguns comerciantes da praia recorreram a medidas de prevenção para tentar travar o avanço do mar.
Pedro Pinho não esquece o dia em que as ondas entraram pelo seu estabelecimento adentro, depois de engolirem a esplanada e quebrarem a parede de vidro. O “Sun7 Beach Club” abrira poucos dias antes e foi preciso recomeçar do zero. Com essa memória ainda bem presente, o proprietário do espaço revestiu a protecção da esplanada com taipais de paletes de madeira, com o objectivo de amortecer a força do impacto do mar. “Já no ano passado fizemos isto, mas sabemos que não há muito a fazer se o mar chegar. É esperar para ver”, contou ao Diário de Aveiro. Sem certezas do que iria acontecer, de uma coisa Pedro Pinho não tinha dúvidas. “Vou passar aqui a noite de plantão para o que der e vier”, garantiu.
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