Arnaut defende carreiras de saúde em exclusividade

António Arnaut defendeu ontem «reformas profundas» no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e preconizou que as carreiras profissionais «voltem com a força e o prestígio que já tiveram», num modelo semelhante às carreiras dos «magistrados». «A sustentabilidade do SNS não está tanto no orçamento, mas na forma como são respeitados e motivados os profissionais», afirmou o criador do SNS, ontem, no auditório das duas escolas de saúde de Coimbra (Enfermagem e Tecnologias da Saúde), onde foi homenageado pelo seu 81.º aniversário. Dirigindo-se ao ministro da Saúde, representado ontem pelo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), José Martins Nunes, António Arnaut lembrou a urgência de travar a saída, «às vezes em massa», dos profissionais de saúde para o estrangeiro e para o sector privado e defendeu que as carreiras profissionais sigam um modelo «tendencialmente de exclusividade para quem por ela queira optar», com «estabilidade, formação permanente, um vencimento condigno e condignas condições de trabalho».