A promessa ao padroeiro, São Sebastião, cumpre-se todos os anos em Vila Pouca da Beira. Há broinhas com frutos secos, broa e chouriço. O bodo que, no tempo da peste, os homem ricos da terra prometeram ao Santo e que sempre foi dado aos pobres. Mas, o Bodo de Vila Pouca é muito mais do que o cumprimento da promessa. Nos últimos 14 anos, é encarado como o momento certo para promover a cultura, a história e a riqueza das tradições da terra. É isso mesmo que acontece neste fim-de-semana.
A Justiça foi o tema escolhido, explica Hugo Pais, da União de Freguesias de Vila Pouca e Santa Ovaia, sublinhando que no tempo de D. Afonso III, Vila Pouca era sede de concelho, pagava à Corte os encargos da colheita, tinha juiz próprio e aplicava a Justiça. Ali existia a “picota”, espécie de pelourinho, com uma jaula, onde eram colocados os “malfeitores”, bem visíveis e sujeitos aos escárnio do povo. É esta vivência da Justiça medieval que o Bodo vai recriar», dando, de forma lúdica, uma verdadeira “lição” de história.
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