A autarquia da Figueira da Foz pretende desenvolver na cidade uma cultura de identidade de prática de desportos de areia, captando não só os residentes como turistas (nacionais e estrangeiros). Por isso, está a desenvolver o projecto “Figueira Beach Sports City”, que contempla, ainda este ano, a criação de zonas de lazer e competição, um centro de alto rendimento, uma escola municipal de desportos de praia e uma plataforma digital. O projecto, que ontem foi apresentado na autarquia, pretende, até 2019, consolidar-se e fazer com que a cidade seja «a sede da rede europeia de desportos de praia», disse o coordenador do projecto. Rui Loureiro entende que a Figueira «tem potencial para se afirmar como destino preferencial para desportos de praia», como já teve (com o Mundialito) e, por isso, quer «resgatar esse passado com inovação e diferenciação» para os promover.
Recordando que o turismo desportivo é o sector «em maior expansão», responsável por «25% de todas as receitas da indústria do turismo», que «10 a 20% dos turistas estão interessados em práticas desportivas durante as férias», e que este sector tem um «crescimento de 6% ano», Rui Loureiro criou «um projecto catalizador para diversos agentes, que possa funcionar como motor de promoção da Figueira como destino líder de desportos de areia», atraindo turistas nacionais e estrangeiros. Mas para isso, frisou, «há que criar uma cultura forte, desenvolver o “ADN” de desportos de praia». Daí que o projecto contemple duas zonas desportivas, uma de lazer, para a prática de várias modalidades informalmente, «num conceito amigo da família», e outra em Buarcos, «competitiva», tirando «partido do Parque de Campismo (onde já existem vários bungalows e um ginásio), como Centro de Estágio de Alto Rendimento de equipas de desportos de praia». Ou seja, «alargar o sucesso do rugby de praia a outras modalidades», com eventos «num conceito que dificilmente sejam replicáveis fora da Figueira para o investimento não ser perdido».
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